Fortalezas que marcam a paisagem litoral
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Da Sra. da Rocha a Ferragudo fomos percorrer as antigas fortalezas que outrora dominavam a orla costeira de Lagoa.

A zona costeira de todo o litoral algarvio foi, durante séculos, alvo apetecido de piratas e corsários de várias procedências, onde Lagoa se insere.
Na segunda metade do séc. XVI intensificaram-se os ataques de piratas e corsários, ao longo de toda a costa do Algarve. Os que vinham do Magreb eram fomentados pelos marabutos, religiosos islâmicos de grande influência entre a população magrebina que incentivavam os crentes a todas as formas de luta contra os cristãos, incluindo o corso e pirataria. A campanha de S. Sebastião a Marrocos, em 1578, deve ser entendida também como forma de repor o domínio português naquelas paragens africanas e de estancar os ataques ao litoral algarvio.

A presença dos reis espanhóis em Portugal, de 1580 a 1640, teve repercussões nos ataques provenientes do norte da Europa, porque os inimigos de Espanha faziam razias na costa portuguesa. Depois da Restauração de 1640, um novo inimigo nos incomodava: os vizinhos espanhóis. Nesta conjuntura houve necessidade de reforçar os dispositivos marítimos defensivos ao longo do litoral algarvio. Os responsáveis pela administração e segurança das populações criaram dispositivos defensivos junto ao mar, como, no caso de Lagoa, as fortalezas de N. Senhora da Rocha, de N. Sra. da Encarnação em Carvoeiro e de S. João de Ferragudo, para além de torres de vigias ou almenaras de que só resta a torre da Lapa ou da Marinha.

Hoje, são uma marca inconfundível na paisagem, veja fotos da galeria abaixo.